O contato pele a pele imediato atribui colocar o bebê nu no abdômen ou no peito nu da mãe imediatamente ou menos de 10 minutos após o nascimento. Já o contato pele a pele precoce é entre 10 minutos á 24 horas após o nascimento. A Organização Mundial da Saúde (OMS) recomenda a prática por pelo menos uma hora após o parto, e os profissionais de saúde devem incentivar as mulheres a reconhecer quando seus bebês estão prontos para amamentar e oferecer ajuda, se necessário.
O contato pele a pele entre mãe e bebê logo após o nascimento, além de contribuir para o desenvolvimento precoce do vínculo afetivo, também ajuda os bebês a se adaptarem ao novo meio ambiente não estéril. É um procedimento simples que traz benefícios à recuperação da mãe, ao desenvolvimento psíquico, motor e emocional do recém-nascido e proporciona a construção do vínculo afetivo,
A pele, como órgão sensorial primário do recém-nascido, faz com que a experiência tátil seja fundamental para seu desenvolvimento. Em termos psicológicos, teria a grande vantagem de reduzir os efeitos dos traumas da separação provocados pelo nascimento, acelerando a vinculação mãe-filho. Com isso, o contato pele a pele mãe-filho deve iniciar imediatamente após o nascimento, ser contínuo, prolongado e estabelecido entre toda a mãe-filho saudáveis.
Os benefícios desta prática facilita a transição para a vida extrauterina; o recém-nascido tem menos dor; previne a ocorrência de infecções no bebê; a mãe apresenta menor nível de dor no ingurgitamento mamário, assim, possibilitando o início precoce e manutenção prolongada da amamentação, além de reduzir os índices de mortalidade infantil.
Quando os bebês saudáveis têm contato pele a pele com a mãe imediatamente após o nascimento, a interação verbal e comovente entre mãe e bebê aumenta, levando a um aumento na resposta à estimulação corporal da mãe e ao desenvolvimento e progressão dos comportamentos nutricionais da amamentação em um recém-nascido. Como resultado, o bebê pega o seio da mãe e alcança a capacidade de sugar e começa a se nutrir.
Assim, estudos mostram que o contato pele a pele indica que as mães ficam mais propensas a amamentar de um a quatro meses após o nascimento, amamentação mais longa e exclusiva desde a alta hospitalar até seis meses após o nascimento e os bebês apresentaram maior estabilidade do sistema cardiorrespiratório e níveis mais altos de glicose no sangue.
Apesar de ser uma prática recomendada de maneira imediata, contínua, ininterrupta, a separação da mãe e do bebê ainda é muito comum dentro dos hospitais com procedimentos rotineiros no bebê.
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FONTE: Benefícios do contato pele a pele para o recém-nascido. Rev. Tendên. da Enferm. Profis., 2016; 8(4): 2050-2055
The effect of mother-infant skin to skin contact on success and duration of first breastfeeding: A systematic review and meta-analysis. Taiwanese Journal of Obstetrics and Gynecology Volume 58, Issue 1, January 2019, Pages 1-9